O manejo ideal do solo

Conhecer as variabilidades do solo é fundamental para prepará-lo de forma correta; saiba o que fazer para proporcionar condições ideais para o plantio da sua lavoura

O solo é a base de qualquer cultura. Boas produtividades só podem ser alcançadas a partir do desenvolvimento saudável das plantas. Dessa forma, o manejo do solo é um dos principais fatores para alcançar elevado potencial produtivo na lavoura. Saiba o que fazer para proporcionar condições ideais para o plantio da sua lavoura.

Análise do solo

É essencial que o produtor conheça as particularidades do solo de cada talhão. Mesmo em pequenas propriedades, podem haver variações nos índices de fertilidade e na quantidade de matéria orgânica presente no solo, influenciando diretamente na produtividade. Por isso, o manejo ideal deve considerar todas estas especificidades.

A Agricultura de Precisão (AP) é o modelo de gerenciamento agrícola que melhor contempla esta premissa, pois se fundamenta nas variabilidades de uma lavoura para implantar técnicas de manejo localizadas e específicas, evitando o desperdício. Isso inclui o conhecimento a respeito das necessidades do solo.

As amostragens do terreno possibilitam explorar as potencialidades de cada pedaço da propriedade e aplicar as recomendações de manejo adequadas para cada ponto. Com um mapeamento correto das variabilidades do solo, é possível determinar as causas para as variações de produtividade em diferentes áreas e, assim, com uma amostragem georreferenciada, estabelecer zonas de manejo onde poderão ser aplicadas ações em comum, por exemplo.

Preparo

Após identificadas as condições químicas e físicas, por meio de análise, o solo necessita ser preparado para o plantio. Para se desenvolverem, as culturas retiram nutrientes do solo, como cálcio e enxofre, que precisam ser repostos para que haja sucesso na próxima safra. Um solo pobre em nutrientes e umidade, com elevado grau de compactação, não produz de maneira  satisfatória.

Desse modo, a utilização de insumos deve atender às demandas do solo de forma precisa. Fertilizantes e corretivos podem ser aplicados com o sistema de aplicação à taxa variável, como preconiza a AP. Ao aplicar fertilizantes e corretivos uniformemente, as doses podem ser excessivas para algumas áreas da lavoura e escassas para outras, e estas não são ações de manejo ideais.

A irrigação também pode ser feita desta forma, utilizando equipamentos como sensores de umidade. Então, o preparo mais eficiente deve levar em conta o uso racional de insumos, reduzindo os custos de produção e, inclusive, os impactos ambientais.

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Adubação e calagem

Para corrigir possíveis deficiências do solo, são empregadas práticas de adubação, calagem e gessagem. Porém, para que sejam executadas de acordo com as melhores recomendações de manejo, necessitam seguir alguns critérios técnicos.

No caso da adubação, os fertilizantes têm de ser aplicados dadas as exigências do solo constatadas na análise. A partir disso, é preciso calcular quantidades ideais, conhecendo as necessidades nutricionais das plantas; a capacidade do solo de fornecer nutrientes, para que sejam incorporados pelas raízes, estando disponíveis de forma que sejam facilmente absorvidos, e os fatores que podem levar à perda destes nutrientes provenientes da adubação, como processos de lixiviação, erosão e outros.

Para a correção do pH do solo, é feita a calagem. Esta técnica consiste na aplicação de calcário, substância que neutraliza o alumínio e fornece nutrientes, como cálcio e magnésio, essenciais ao desenvolvimento da cultura.

Plantio direto

Sistemas de produção diferentes também exigem um manejo diferenciado do solo, que deve ser compatível com as condições climáticas da região e com as características da cultura e do solo, para minimizar o desgaste da terra. No sistema de plantio direto, os processos de preparo do solo para plantio são distintos.

Os restos de culturas anteriores deixados no solo fornecem adubação natural à lavoura. As sementes novas são plantadas diretamente na palhada, composta de matéria orgânica pura, contribuindo de forma determinante para a melhoria de atributos químicos, biológicos e físicos do solo. Isso resulta em diminuição dos custos de produção, manutenção das taxas de fertilidade e diminuição de processos erosivos, favorecendo a conservação do solo.

A correção da acidez do solo, a descompactação, a sistematização da lavoura, o planejamento da rotação de culturas, entre outras ações, são fundamentais antes de iniciar o plantio direto. Para saber como essa prática pode influenciar na produtividade, clique aqui.

 

Agora, queremos saber: como você, produtor, realiza o manejo do solo na sua lavoura? Compartilhe conosco nos comentários a sua experiência.

 

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