Guia completo sobre pragas e doenças do milho

O sucesso no controle de pragas e doenças do milho é indispensável para uma safra de alta performance.

Na cultura do milho, os desafios impostos por diversas pragas e doenças fizeram com que os produtores, há muitos anos, se habituassem a boas práticas de manejo, como a identificação precoce e o devido controle.

Entretanto, a quantidade de pragas e doenças do milho gera desafios diários aos produtores e até mesmo aos consultores técnicos.

“As doenças do milho são muito cíclicas. De 15 anos para cá, mudou muito esse cenário de doenças. E eu vejo que ainda há dificuldade técnica dos profissionais em conhecer e identificar essas doenças, até porque muitas delas são parecidas e ainda são poucos os laboratórios que fazem diagnósticos”, comenta Neucimara Ribeiro, doutora em fitopatologia e gerente de sanidade da GDM Seeds.

Nesse cenário de alta exigência técnica, entender os principais problemas da cultura e conseguir realizar diagnósticos precisos, unidos a manejos eficientes, é fundamental para obter uma safra de alta performance.

Por isso, a DONMARIO traz este guia completo sobre as principais pragas e doenças do milho para facilitar a identificação e o manejo em cada situação. Confira!

Principais pragas do milho

Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

Conhecida como lagarta-do-cartucho ou lagarta militar, a Spodoptera frugiperda é considerada uma praga de alta importância na cultura do milho. De acordo com Paulo Degrande, agrônomo e doutor em entomologia, se não for controlada adequadamente, a lagarta pode causar perdas médias de produtividade na casa de 30% a 35%.

“A Spodoptera frugiperda ataca a planta do milho desde o hábito de lagarta rosca, destruindo folhas e, em especial, o cartucho do milho. Ela também ataca a base da espiga e, eventualmente, pode atacar o pendão”, descreve.

A utilização de híbridos que possuam proteção à espécie figura entre as principais estratégias de controle contra a lagarta-do-cartucho. Junto a eles, o uso de inseticidas sistêmicos – registrados para a cultura do milho – também é recomendado, especialmente em cenários de condições hídricas satisfatórias.

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Em ambientes de escassez hídrica, é ideal complementar os tratamentos anteriores com pulverizações direcionadas à região do cartucho da planta.

“Em períodos mais secos, o controle de algumas pragas, incluindo a Spodoptera frugiperda, torna-se mais difícil devido à menor taxa de crescimento e recuperação da planta após o ataque”, pontua.

Paulo também alerta para outra dificuldade que os agricultores vêm enfrentando recentemente no combate à Spodoptera frugiperda.

Está ocorrendo o agravamento da lagarta-do-cartucho nos últimos anos devido à evolução da resistência dessa praga às biotecnologias e ao controle químico. O produtor deve monitorar essa praga de perto, pois a resistência crescente demanda atualização constante sobre a eficácia dos tratamentos mais recentes”, ressalta.

Lagarta-da-espiga-do-milho (Helicoverpa zea)

Na sua fase adulta, a Helicoverpa zea é uma mariposa de cerca de 40 mm que deposita seus ovos nos cabelos do milho, os estigmas. Eventualmente, o inseto pode depositá-los nas folhas em estágio inicial de crescimento.

As larvas, ao nascer, se alimentam dos cabelos, o que pode comprometer a polinização e a formação dos grãos. À medida que se desenvolvem, migram para a ponta da espiga, onde se alimentam diretamente dos grãos.

“De modo geral, podemos dizer que a lagarta-da-espiga-do-milho causa um prejuízo de 8,5% na produtividade, seja pela destruição de grãos, por permitir a entrada de água na ponta da espiga, o que favorece o apodrecimento dos grãos, ou pelo corte dos estigmas, prejudicando a polinização”, explica Paulo.

O uso de híbridos com proteção genética à espécie é um dos principais métodos de controle da Helicoverpa zea. Pelo fato de a lagarta geralmente estar protegida dentro da espiga do milho, a aplicação de inseticidas é desafiadora.

Como alternativas, o produtor pode realizar o controle biológico, utilizando predadores e parasitóides que atacam os ovos depositados e reduzem a população de lagartas na lavoura, ou aplicar inseticidas químicos ou à base de vírus com alta precisão antes que a lagarta penetre na espiga.

Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)

A cigarrinha-do-milho é considerada atualmente uma das pragas mais destrutivas para a cultura. Isso porque ela pode causar dois tipos de danos: diretos e indiretos. Dentre os danos diretos, estão:

• Lesões nas folhas;
• Enrolamento das folhas;
• Enfraquecimento da planta;
• Redução no tamanho das espigas;
• Em cenários mais severos, possível morte da planta.

Entretanto, o inseto também atua como transmissor de patógenos danosos à cultura. “A cigarrinha transmite dois molicutes, que causam o enfezamento vermelho e o enfezamento pálido, e um vírus, o do raiado fino ou da risca”, menciona Paulo. Como a praga pode transmitir diversas doenças, o potencial de dano é bastante variável.

“Tudo vai depender da fase da cultura em que houve o ataque, da quantidade de inóculo, da tolerância do híbrido e da eficácia dos tratamentos. Mas as doenças transmitidas pela cigarrinha podem gerar perdas variáveis de 30% a 90% na produtividade, com dados dispersos e variáveis na literatura”, destaca.

Diversas estratégias fazem parte do manejo contra a cigarrinha. Uma das medidas fundamentais para um combate bem-sucedido é eliminar as plantas hospedeiras do inseto, como as voluntárias (tigueras ou guaxas) de milho, na entressafra.

Quando possível, também intercalar o cultivo do milho com o de plantas não hospedeiras pode ajudar a afastar a cigarrinha das lavouras.

Do ponto de vista do manejo químico, o tratamento com inseticidas específicos para a praga também é eficiente para reduzir a população do inseto na lavoura, especialmente nas fases iniciais do desenvolvimento da planta (até V8-V10).

Entretanto, a medida prioritária no manejo contra a praga deve ser a adoção de híbridos que apresentem boa tolerância às doenças causadas pela cigarrinha.

Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis)

Assim como a cigarrinha, o pulgão-do-milho é um inseto sugador. Ele se alimenta da seiva da planta e, com isso, pode transmitir o vírus do mosaico do milho e favorecer o surgimento da fumagina.

Geralmente, o pulgão se alimenta do cartucho – onde também se esconde – e das gemas florais, mas também pode atacar o pendão. Em climas secos e com altas temperaturas, o inseto pode se multiplicar mais rapidamente.

Sua forma de controle se resume à união entre a escolha de genótipos tolerantes ao vírus transmitido pelo inseto e o uso de inseticidas específicos para pulgões-do-milho.

Percevejo-barriga-verde (Dichelops melacanthus e D. furcatus)

Outro importante inseto sugador dentro da cultura é o percevejo-barriga-verde, que costuma se alimentar da seiva da planta, sobretudo nas fases iniciais da cultura (até V3-V5).

“Os sintomas incluem murchamento, deformações, perfurações e, em infestações severas, a morte de plantas”, menciona Paulo.

O controle do percevejo-barriga-verde começa com a redução da população na cultura antecessora. O produtor também pode realizar tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos, pulverizações na dessecação pré-plantio e após a emergência. O monitoramento rigoroso da população também é crucial para o sucesso no manejo do inseto.

“O produtor precisa realizar o controle do percevejo-barriga-verde, da cigarrinha e do pulgão de maneira rigorosa e preventiva, antes que surjam os sintomas causados pelas toxinas do percevejo e pelas doenças transmitidas pela cigarrinha e pelo pulgão”, enfatiza Paulo Degrande.

Broca-da-cana (Diatraea saccharalis)

A broca-da-cana é uma espécie de lagarta que acomete principalmente as culturas da cana-de-açúcar e do milho. Entretanto, é na cana que ela representa uma maior preocupação para os agricultores. No milho, sua importância diminuiu significativamente devido aos avanços em biotecnologias.

“A broca-da-cana já foi muito mais importante do que é hoje no Brasil. Atualmente, os híbridos de milho com biotecnologias que possuem proteínas Bt são muito eficazes para o seu controle”, destaca Paulo.

Principais doenças do milho

Bipolaris

Para muitos, a Bipolaris é considerada atualmente a principal doença do milho no Mato Grosso. Segundo Neucimara, ela é uma doença de difícil identificação no campo. “Ela acaba se confundindo um pouco com a Cercospora e com a Xanthomonas”, menciona.

O fungo possui duas raças principais: Bipolaris maydis e Bipolaris zeicola. A doença geralmente apresenta como sintomas pontuações claras e alongadas. Também é caracterizada pela presença de um halo de coloração castanha.

“Antigamente, enxergávamos a incidência de Bipolaris na folha 1, 2 ou até na terceira. Hoje, a gente já vê o fungo principalmente na sexta e sétima folha, que são folhas importantes para o enchimento de grãos do milho.”

Temperaturas em torno de 22ºC a 30ºC, com climas úmidos, favorecem a ocorrência da doença, que é comum em altitudes baixas.

Métodos de controle para Bipolaris envolvem o uso de híbridos com tolerância genética à doença, aplicação de fungicidas (é recomendado o uso de triazóis no cedo) e rotação de culturas.

Um dos motivos pelo qual a ocorrência de Bipolaris vem crescendo no milho é o fato de o fungo sobreviver em restos culturais e ser disseminado pelo vento e por sementes. “Eu vejo que nós precisamos tomar cuidado com a colheita, para evitar perdas de sementes que se tornem tigueras e acabem servindo como ponte viva para a produção de inóculo do fungo”, ressalta Neucimara.

Complexo de Molicutes e Viroses (CMV): enfezamentos pálido e vermelho

Causadas pela cigarrinha-do-milho, as doenças provocam uma série de prejuízos à planta e à espiga do milho. Alguns deles envolvem a redução no crescimento da planta, a malformação de espigas e o enfraquecimento do colmo ao favorecer infecções fúngicas que causam tombamento.

O enfezamento pálido é causado pelo patógeno bacteriano Spiroplasma kunkelii, uma espécie de Mollicutes. Já o enfezamento vermelho é causado pelo fitoplasma Maize bushy stunt, outra espécie de Mollicutes.

Para ambas as doenças, a infecção ocorre em estágios iniciais de desenvolvimento da planta. Os sintomas se manifestam após o florescimento ou enchimento de grãos.

No caso do enfezamento pálido, além das malformações na planta e na espiga mencionadas anteriormente, os sintomas envolvem estrias cloróticas que se iniciam na base das folhas, podendo ocorrer também coloração avermelhada nas folhas.

O enfezamento vermelho, por sua vez, tem como principal sintoma as folhas de coloração avermelhada. A distinção entre essas duas doenças com base apenas nas características visuais é extremamente difícil.

A principal recomendação para o manejo é que o produtor monitore a área. Depois que plantou, tem um inseto? Se sim, faça a aplicação de inseticidas no timing certo”, indica Neucimara.

Além dessa, outras ações mencionadas acima são importantes para o controle das populações de cigarrinha no milho.

Complexo de Mollicutes e viroses (CMV): vírus do raiado fino/vírus da risca

A cigarrinha também é a principal responsável pela ocorrência do mosaico ou vírus do raiado fino (MRFV), também conhecido como risca do milho.

Os sintomas da doença se resumem a pequenos pontos cloróticos nas folhas. Com o avanço da doença, os pontos podem se aglutinar e formar linhas ao longo das nervuras.

Diplodia

A diplodia é causada pelo Stenocarpella maydis, fungo necrotrófico – ou seja, que sobrevive em restos culturais. De acordo com Neucimara, apesar de também infectar as folhas da planta do milho, o principal dano da doença é causado dentro da espiga.

“Ela não é uma doença que tende a causar danos significativos nas folhas. O principal problema da diplodia é que ela acaba indo para a espiga e causando o grão ardido”, conta.

Dessa forma, além dos danos em produtividade que pode gerar à cultura, o fungo também é responsável pela redução no rendimento e na qualidade dos grãos colhidos. Ele pode impactar, inclusive, na produção de micotoxinas, que podem influenciar o valor econômico do grão, dentre outros aspectos.

O fungo da diplodia é beneficiado por temperaturas na região dos 24ºC a 30ºC e maior umidade. Os sintomas iniciais ocorrem nas folhas e no caule da planta, com pequenas pontuações negras.

Após, elas evoluem para lesões com halo amarelado. Em seguida, o fungo penetra a espiga do milho, na qual apresenta o aspecto esbranquiçado entre os grãos.

As principais medidas de controle contra a diplodia consistem no uso de híbridos tolerantes à doença, boas práticas culturais na propriedade e o uso de fungicidas. Para o controle químico, o manejo deve ser feito nas fases iniciais da cultura, sendo indicado o uso de triazóis, estrobilurinas e tiofanatos.

Ferrugem polissora

Dentre as ferrugens que acometem a cultura do milho, a ferrugem polissora é a mais agressiva. Ela, que se beneficia de altas temperaturas, por volta dos 27ºC, e de umidade, é típica de regiões de menor altitude.

Seu principal sintoma é a ocorrência de pústulas pequenas e circulares (que lembram bolinhas) amareladas, geralmente na face inferior das folhas.

Apesar de já ter sido mais destrutiva no passado, a ferrugem polissora ainda pode representar danos relevantes no potencial de rendimento da cultura.

“Ela é uma doença com uma capacidade muito grande de causar dano, mas eu vejo que o produtor aprendeu a conviver com ela e os programas de melhoramento também têm feito bem os seus trabalhos, com a incorporação de resistências à doença em diversos híbridos”, cita Neucimara.

O uso de genótipos que apresentem tolerância à ferrugem polissora é um dos mais importantes métodos de controle da doença. Outros envolvem a escolha correta da época de semeadura, evitando plantios em momentos propícios para a ocorrência da doença, e a aplicação de fungicidas.

Os grupos químicos mais indicados para o manejo são os das estrobilurinas e das carboxamidas.

Ferrugens comum e tropical

As ferrugens comum e tropical costumam ser menos frequentes e agressivas em comparação à polissora.

O desenvolvimento da ferrugem comum é favorecido por temperaturas baixas, em torno de 16 °C a 18 °C, e alta umidade. Seus sintomas característicos incluem a presença de pústulas semelhantes a bastonetes, de coloração enferrujada.

Já a ferrugem tropical apresenta pústulas pequenas (0,3 a 1 mm), de coloração branca ou amarelada, com formato variando de arredondado a oval. À medida que a doença se desenvolve, os grupos de pústulas ficam circundados por um halo escuro, frequentemente avermelhado.

A ferrugem tropical, assim como a polissora, é característica de altas temperaturas e baixas altitudes. O manejo químico de ambas pode ser realizado com estrobilurinas e carboxamidas.

Turcicum

O turcicum, segundo Neucimara, é outro exemplo de doença que costumava causar maiores impactos nos milharais no passado. Hoje, com o avanço na tolerância genética dos híbridos disponíveis no mercado e a oferta de produtos químicos mais eficientes, a doença está mais controlada.

Também conhecido como helmintosporiose do milho, mancha foliar ou HT, o turcicum é causado pelo fungo Exserohilum turcicum, anteriormente chamado de Helminthosporium turcicum.

“O turcicum é mais característico de regiões de altitude elevada e temperaturas amenas”, explica Neucimara. De fato, temperaturas entre 18 °C e 27 °C, aliadas à alta umidade, favorecem o desenvolvimento da doença.

Os sintomas geralmente aparecem como lesões compridas e necrosadas. A coloração varia conforme o estágio da doença: inicialmente, vai do púrpura avermelhado ao castanho amarelado; posteriormente, apresenta tons de cinza-escuro a preto.

O uso de híbridos tolerantes à doença constitui a principal estratégia de manejo, seguido pela escolha da época de plantio mais adequada e pela aplicação de fungicidas, sendo os triazois indicados para um controle mais eficiente.

Cercospora

Outro fungo importante para a cultura do milho é o Cercospora zeae-maydis, causador da cercosporiose. Por ser necrotrófico, ele sobrevive em restos culturais.

Por isso, uma das medidas indicadas para o controle da doença é a rotação de culturas, aliada ao manejo adequado de plantas voluntárias e a boas práticas de solo.

O sintoma característico são lesões estreitas que se desenvolvem paralelamente às nervuras da folha. “A lesão da cercosporiose é bem retangular, parece muito com um marca-texto”, acrescenta Neucimara.

Condições de altas temperaturas e umidade favorecem o fungo. Junto à rotação de culturas e ao manejo de plantas voluntárias, o controle genético e químico também se mostra eficiente contra a cercosporiose.

Complexo de mancha branca

Outra doença foliar importante para a cultura do milho atualmente é o complexo de mancha branca, que pode ocorrer durante o estágio V9.

“Ela é causada por uma bactéria que interage com fungos, tornando o controle da doença mais complexo. O produtor precisa monitorá-la atentamente para não perder o momento ideal de aplicação. Trata-se de uma doença com grande potencial de dano, reduzindo cerca de 40% da capacidade de fotossíntese da planta e impactando a produtividade”, explica Neucimara.

O primeiro sintoma típico é o surgimento de anasarcas, ou manchas com aspecto oleoso, semelhantes a encharcamentos. “No campo, essas manchas costumam ser confundidas com fitotoxicidade de produtos”, observa Neucimara.

À medida que a doença progride, as manchas evoluem para necroses, passando de verde-claro para palha, e se espalham da ponta para a base da folha, podendo atingir também a parte superior da planta e a palha da espiga em casos mais severos.

O manejo da mancha branca no milho baseia-se principalmente no uso de híbridos tolerantes, aliado à aplicação preventiva de fungicidas logo no início do aparecimento dos sintomas.

Antracnose

A antracnose é uma podridão de colmo causada pelo fungo Colletotrichum graminicola, favorecida por alta umidade e temperaturas moderadas.

Seus sintomas se manifestam como lesões necróticas, que podem ocorrer em qualquer parte da planta. No limbo foliar, as lesões podem atingir até 1,5 cm de comprimento. Já na nervura principal da folha, apresentam formato alongado e coloração marrom.

No colmo, os sintomas surgem após a polinização e apresentam aparência encharcada, com coloração pardo-avermelhada, podendo escurecer com o tempo. O manejo da antracnose baseia-se principalmente no uso de híbridos tolerantes à doença.

Mosaico comum do milho

O mosaico do milho é uma virose do gênero Potyvirus, transmitida por pulgões alados. O vírus se multiplica nos tecidos de parênquima e infecta todas as partes da plântula de milho.

Os sintomas incluem encurtamento de entrenós, redução da altura da planta e espigas pequenas, que podem apresentar falhas na formação dos grãos ou grãos esparsos no sabugo.

Quanto mais jovem for a plântula infectada, maiores serão os danos à produção do cereal. O manejo da doença requer o controle das populações do pulgão-do-milho, que pode ser feito por meio do uso de inseticidas, controle biológico e rotação de culturas.

Pragas e doenças do milho: conclusão

Há décadas, a cultura do milho exige alta capacidade técnica do agricultor, que precisa conhecer a realidade da sua região, identificar os sintomas das principais pragas e doenças e conhecer as soluções tecnológicas disponíveis para o seu manejo.

Para a maioria das pragas e doenças, a adoção de genéticas tolerantes é a principal aliada do agricultor.

“A escolha da genética faz muita diferença, pois o produtor tende a realizar menos aplicações, reduzindo o custo de produção. Além disso, essa genética também contribui para o aumento da produtividade na lavoura”, destaca Neucimara.

Entretanto, é importante considerar também as outras medidas que compõem o Manejo Integrado de Pragas (MIP) e o Manejo Integrado de Doenças (MID):

• Manejo químico com produtos que apresentem alta eficiência no controle;
• Rotação de culturas;
• Manejo eficaz de plantas voluntárias de milho;
• Ajuste adequado da época de semeadura conforme o zoneamento agrícola;
• Dentre outros fatores.

“O produtor precisa conhecer bem sua região e saber quais híbridos tem disponíveis. Dessa forma, conseguirá posicionar melhor o material. Além disso, o diagnóstico precoce das doenças e o uso racional de fungicidas são medidas importantes dentro da propriedade”, finaliza Neucimara.

No manejo de pragas, Paulo Degrande destaca a relevância do monitoramento para um controle eficiente.

“O monitoramento é fundamental para que o controle ocorra antes de atingir o nível de dano econômico. Após identificar as pragas, podem ser aplicadas medidas de controle químico e/ou biológico. Recomenda-se implantar a lavoura em áreas com baixa pressão de pragas, por meio do manejo da palhada e de práticas preventivas”, comenta.

O especialista também reforça: “A adoção de genótipos com resistência genética e elevado potencial produtivo é indispensável. Além disso, o acompanhamento técnico de um engenheiro agrônomo de confiança deve sempre orientar as decisões de manejo”.

Conheça os benefícios e as melhores estratégias para a rotação de culturas.

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