O impacto das plantas daninhas no desenvolvimento da soja
Uma lavoura infestada por plantas daninhas pode sofrer com grandes perdas na produtividade; saiba mais sobre essa interferência na cultura da soja
Da semeadura à colheita, condições adversas podem fazer com que a cultivar não atinja todo o seu potencial produtivo. A infestação da lavoura por plantas daninhas é uma delas, afetando significativamente a produtividade. Entenda como estas plantas indesejáveis interferem no crescimento e desenvolvimento da soja.
Competição por recursos
As plantas daninhas tendem a se adaptar facilmente às condições ambientais e se espalham de forma muito rápida. O clima tropical também é um fator que favorece a sua proliferação. Com isso, a cultura passa a ter cada vez mais dificuldade em se desenvolver de maneira adequada e saudável. Isso porque as plantas daninhas tornam-se concorrentes da soja na disputa por recursos do meio.
As plantas daninhas necessitam das mesmas condições que a soja para emergir e, portanto, passam a competir com a cultura. Na competição por nutrientes, água, espaço, luz, entre outros recursos que são limitados, a soja pode sair em desvantagem. Nessas situações, a planta que emergir primeiro fica à frente, prejudicando, assim, o desenvolvimento das demais.
Outras consequências
Além de afetar diretamente na produtividade, interferindo no desenvolvimento da soja, as plantas daninhas trazem outras consequências. As ações de controle resultam em aumento dos custos de produção e o valor comercial das áreas cultivadas que têm ocorrência de plantas infestantes, diminui.
Os processos de colheita são dificultados, levando ainda ao aumento do nível de impureza dos grãos; o que prejudica a qualidade física das sementes. Pragas e doenças podem ser propagadas à cultura por meio das plantas daninhas, que servem de hospedeiras para estes agentes.
Práticas de controle
O manejo integrado de plantas daninhas (MIPD) é uma ótima alternativa para controlar as comunidades infestantes. O controle é feito com a supressão das plantas daninhas, reduzindo-as a um nível que não prejudique o desenvolvimento da cultura. As práticas de manejo podem ser culturais, preventivas, físicas ou mecânicas, biológicas e químicas. O conceito de MIPD consiste, justamente, em agregar diferentes técnicas.
Em relação ao controle cultural, o intuito é fornecer à cultura todas as condições para que ela possa ser favorecida na competição. Isso pode ser feito escolhendo a cultivar adequada às condições do solo e clima, realizando a adubação corretamente, implementando a rotação de culturas, entre outras medidas.
As técnicas de controle preventivo incluem o conhecimento sobre as espécies de plantas infestantes, suas características reprodutivas e formas de disseminação das espécies, para a escolha das melhores práticas. O uso de sementes certificadas, a limpeza adequada dos equipamentos, a escolha de áreas livres de infestação e o preparo do solo são algumas das técnicas de prevenção.
No que se refere ao controle físico, são adotadas medidas mais tradicionais e antigas, como o arranquio manual, mais comum em pequenas propriedades, enterrio, corte e dessecação.
Por último, há ainda o controle químico, considerada a principal e mais eficiente ferramenta de manejo de plantas daninhas. O uso de herbicidas pré e pós emergência das plantas daninhas garantem vantagem competitiva à cultura. Além disso, oferece praticidade, sem causar danos às raízes da cultura e danificar a estrutura física do solo.
Todas estas práticas associadas em um sistema de manejo integrado, podem promover o desenvolvimento saudável da soja, evitando e controlando as perdas em produtividade na lavoura!
Agora, conte: Nesta safra, você já identificou infestação por alguma planta daninha em sua lavoura? Quais as medidas de controle escolheu adotar? Compartilhe sua experiência nos comentários.